O Brasil, que produz, está cansado e é compreensível. Poderíamos citar inúmeros motivos para esta sensação de desânimo e desmotivação. Mas precisamos, ao invés de focarmos neste estado de coisas, trazermos energia para a construção do Brasil que queremos. Eu acredito e vislumbro que, apesar das dificuldades, podemos ter um Projeto de País consistente e que seja o futuro que tanto queremos já no presente.
Sabemos que líderes empresariais e cidadãos comuns têm sentido o peso de dilemas éticos, pressões sociais e o medo de represálias, como o bloqueio de redes pelo STF ou prejuízos nos negócios. Um estudo da Harvard Business Review de 2022 já alertava: 67% dos executivos enfrentam burnout ético, e 40% cogitam abandonar a luta. Mas eu digo: chega de acomodação! Chega de preguiça moral! É hora de (re) acender o fogo do agir dentro de nós e transformar essa exaustão em ação.
Precisamos evitar nos render à inércia. O silêncio de muitos alimenta a hipocrisia, a superficialidade nas boas práticas e a falta de diálogo verdadeiro. Líderes empresariais, vocês que geram empregos e inovam, evitem se esconder atrás de métricas frias. Sejam corajosos, sustentem governança sólida, revisem estratégias que minam a integridade e exijam visão de futuro. Cidadãos, nós que sustentamos o País com suor, tenhamos voz, mesmo que haja medo de perdas. Exijamos meritocracia, repudiemos privilégios e unamo-nos por um Brasil produtivo e de oportunidades.
Olhemos para o exemplo de quem já agiu. Em colunas passadas, defendi o protagonismo da Maçonaria em 2026, mostrando que líderes com preparo podem mudar o Legislativo. No Pantanal, critiquei o garimpo ilegal, mas destaquei a pesca consciente como caminho viável. A ação, não a lamentação, move montanhas. Como disse Theodore Roosevelt, “faça o que puder, com o que tem, onde está”. Esse é o espírito: cada um, no seu canto, fazendo a diferença.
O Brasil precisa de um projeto de nação, e ele começa com cada um de nós. Líderes, invistam em diálogos entre pares e mentores que inspirem. Cidadãos, cobremos nas urnas e, se preciso, nas ruas físicas ou digitais (nossas redes). A decadência das instituições, como o escândalo do INSS, só muda com nossa pressão.
É hora de avançar, com inspiração virtuosa e foco no bem comum. Somos maiores que o cansaço — somos o futuro agora.
E você, leitor? Vai ficar na arquibancada ou vai jogar? Levante-se, aja, transforme. Comente: como você vai fazer parte dessa mudança? Quem sabe ocupando espaços de poder, somando esforços nos ambientes de decisão e, sobretudo, se engajando em bons projetos para 2026.
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