Um ano interminável
Moishe Kaplan foi ao médico, que lhe disse que ele estava com uma doença grave e teria apenas um ano de vida. Abalado com a notícia, Moishe decidiu procurar seu mentor espiritual, o Rabino Feldman, para conversar. Depois de explicar sua situação, perguntou ao rabino se havia algo que pudesse fazer.
– Olha – disse ele -, o que você deve fazer é sair por aí, procurar e casar com a mulher mais rabugenta que encontrar. Isso é importante – enfatizou o Rabino Feldman.
E, sem levar em conta o olhar espantado de Moishe, continuou:
– E, depois, mudar para um apartamento acima de um abatedouro de frangos e também começar a arrecadar dinheiro para as obras sociais da nossa sinagoga.
Moishe perguntou, ou melhor, comentou, sem entender:
– Espere, rabino… Isso vai prolongar minha vida?
– Não – respondeu o religioso -, mas vai fazer o tempo que te resta parecer uma eternidade.
Um F de falta de vergonha
O pequeno Yossele chegou em casa vindo da escola e apresentou o boletim ao pai. Após alguns segundos, olhando muito sério para ele, o pai perguntou:
– Me explique: o que aconteceu para que você tirasse a letra F?
Como era a primeira vez que havia tirado F – a pior nota de todas – Yossele, tentando enganar o pai, explicou:
– Não é nota, é “F” de falta, pai…
– Espere um pouco… – disse o pai – Você faltou justamente no dia da prova?
Sem saída, o menino confessou:
– Não… mas o menino que senta ao meu lado faltou.
Um assento na janela
Moishe e Miriam decidiram passar o verão viajando de carro por toda a Europa. No final das férias, devolveram o carro na locadora, no aeroporto, e, quando foram fazer o check-in, Miriam pediu assentos na janela para ela e para Moishe.
O funcionário entendeu que devia alertá-la para o fato de que seria uma viagem de algumas horas, e que isso os impediria de estarem juntos.
— Meu querido — disse Miriam —, eu acabei de passar quatro semanas espremida em um carro compacto com esse homem. Pode ter certeza, eu sei por que estou pedindo.
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