Hoje, 21 de abril, celebramos Tiradentes, o mártir da Inconfidência que sonhou com um Brasil livre do jugo colonial. Mas, se Joaquim José da Silva Xavier vivesse em 2025, será que reconheceria a liberdade pela qual morreu? O Brasil de hoje, com sua democracia fragilizada, está longe de ser o país soberano que ele imaginou. A liberdade, esse pilar sagrado, anda de joelhos, e o Supremo Tribunal Federal (STF), com sua caneta autoritária, tem muito a responder por isso.
Tiradentes enfrentou a coroa com coragem, mas hoje o inimigo é mais sutil: um STF que se arvora como dono do Brasil. Em nome da “defesa da democracia”, a corte pisoteia liberdades fundamentais. Em 2023, vimos deputados como Daniel Silveira terem mandatos cassados sem processo justo, baseados em decisões monocráticas de Alexandre de Moraes. Em 2024, o bloqueio de perfis em redes sociais, sem transparência, virou rotina. E, em março de 2025, a operação que tornou Bolsonaro réu por suposta tentativa de golpe reforçou a narrativa de que o STF decide quem pode falar, pensar ou governar. Não é justiça — é despotismo com toga.
Não me alinho a bravatas pessoalizadas, mas defendo o óbvio: um país livre não suporta juízes que legislam, julgam e punem ao mesmo tempo. A liberdade de expressão, pilar de qualquer democracia, virou refém de inquéritos sem fim. Enquanto isso, o brasileiro comum, que paga impostos e rala para sobreviver, vê sua voz calada por um sistema que protege uma casta despótica e descomprometida com o Brasil, e pune quem ousa discordar. Isso é liberdade? Tiradentes, com sua forca no peito, diria que não.
Quem acredita em valores, família e soberania, precisa se levantar sem cair na armadilha do personalismo. Nosso projeto é maior que qualquer nome — é um Brasil onde o cidadão fale sem medo, onde o Judiciário respeite a Constituição e onde o poder emane do povo, não de 11 togados. Mas esse Brasil não virá de graça. Como disse Edmund Burke, “para que o mal triunfe, basta que os bons não façam nada”. O STF só age assim porque o silêncio dos justos permite e por termos um Congresso acovardado e desqualificado.
Você, leitor, é peça-chave. Reclamar nas redes ou no churrasco de domingo é insuficiente. É hora de cobrar, votar consciente, apoiar quem defenda a liberdade e enfrentar os déspotas de hoje — sejam de toga, sejam de palanque. Tiradentes deu a vida por um ideal. E nós, o que daremos? Reflita: que Brasil você quer deixar para seus filhos? Comente, opine, faça sua parte!
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