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Sem dor, sem inovação: a verdade que ninguém conta

Muitos projetos de inovação falham não por falta de ideias, mas por falta de direção. Antes de pensar em ferramentas, metodologias ou tendências tecnológicas, é essencial começar pelo básico: identificar as dores reais do público.

Em inovação, chamamos de dor aquilo que incomoda, frustra ou dificulta a vida do usuário. Pode ser um processo demorado, uma experiência ruim ou uma necessidade não atendida e geralmente, não está estampado na superfície. É preciso escutar com profundidade, observar com sensibilidade e investigar com método.

Quando você entende qual é a dor que mais aperta aquela que tira o sono, que ninguém resolveu ainda o caminho da inovação começa a se formar com clareza. A partir disso, é possível desenhar soluções originais, eficazes e, acima de tudo, desejadas.

A verdadeira inovação nasce do desconforto e da coragem de encará-lo com estratégia. Por isso, antes de pensar como inovar, pergunte-se: para quem eu quero inovar, e qual dor eu vou aliviar?

Existem algumas formas de identificar as dores em um projeto inovador, tais como:

• Pesquisa de mercado: consiste em coletar e analisar dados sobre o segmento, o perfil, o comportamento e as preferências dos clientes ou usuários, bem como sobre os concorrentes, as tendências e as oportunidades do mercado. A pesquisa de mercado pode ser feita por meio de questionários, entrevistas, observação, análise de dados secundários, entre outros métodos.

• Design thinking: é uma abordagem que busca solucionar problemas de forma centrada no ser humano, utilizando ferramentas e técnicas de criatividade, colaboração e experimentação. O design thinking envolve etapas como a empatia, a definição, a ideação, o protótipo e o teste, nas quais se busca compreender as dores, as necessidades e as aspirações dos clientes ou usuários, gerar soluções inovadoras e validá-las com o feedback do público.

• Lean startup: é uma metodologia que propõe o desenvolvimento de produtos ou serviços inovadores de forma ágil, enxuta e iterativa, baseada na aprendizagem validada. O lean startup utiliza o conceito de produto mínimo viável (MVP), que é uma versão simplificada do produto ou serviço, que permite testar as hipóteses e as premissas do projeto com os clientes ou usuários reais, e assim identificar as dores, as demandas e os feedbacks do mercado.

Essas são algumas das formas de identificar as dores em um projeto inovador, mas não as únicas. O importante é ter uma postura curiosa, questionadora e aberta para ouvir e entender o que o público-alvo quer e precisa, e assim oferecer soluções que sejam relevantes, atrativas e viáveis. Dessa forma, o projeto inovador terá mais chances de se destacar e se consolidar no mercado.

Check list

Uma checklist é uma lista de verificação que contém uma série de itens ou tarefas que devem ser realizados ou conferidos. Uma checklist serve para organizar, planejar e controlar as atividades de um projeto, processo ou evento, garantindo que nada seja esquecido ou negligenciado.

Para criar uma checklist, é preciso definir qual é o objetivo, o escopo, o prazo e os recursos disponíveis para a realização da atividade. Em seguida, é preciso listar todas as etapas, ações, requisitos ou critérios que devem ser cumpridos ou verificados. Por fim, é preciso revisar, priorizar e ordenar os itens da checklist, de acordo com a sua importância, urgência e sequência lógica.

Para definir a dor em um projeto de inovação, é preciso entender o problema ou a necessidade que se quer resolver, e como isso afeta os clientes ou usuários potenciais. Existem diversas ferramentas que podem auxiliar nesse processo, tais como:

• Design Thinking: é uma abordagem que busca solucionar problemas de forma centrada no ser humano, utilizando ferramentas e técnicas de criatividade, colaboração e experimentação. O design thinking envolve etapas como a empatia, a definição, a ideação, o protótipo e o teste, nas quais se busca compreender as dores, as necessidades e as aspirações dos clientes ou usuários, gerar soluções inovadoras e validá-las com o feedback do público1.

• Mapa de Empatia: é uma ferramenta que ajuda a criar um perfil do cliente ou usuário, a partir de seis dimensões: o que ele vê, ouve, pensa, sente, diz e faz. O mapa de empatia permite se colocar no lugar do público-alvo, entender suas motivações, frustrações, desafios e oportunidades, e assim identificar as dores que precisam ser resolvidas2.

• Teste de Conceito: é uma ferramenta que consiste em apresentar uma ideia ou uma proposta de solução para um grupo de clientes ou usuários, e coletar suas opiniões, impressões, sugestões e críticas. O teste de conceito permite validar se a ideia ou a solução atende às expectativas e necessidades do público, e quais são os pontos fortes e fracos que precisam ser melhorados3.

Essas são algumas das ferramentas que podem ser usadas para definir a dor em um projeto de inovação, mas existem outras que também podem ser úteis, como o brainstorm, o grupo focal, a análise swot, a prototipagem acelerada, entre outras4. O importante é escolher a ferramenta mais adequada para o contexto e o objetivo do projeto, e aplicá-la de forma sistemática e eficiente.

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