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Preço dos alimentos nos supermercados deve subir nos próximos dias devido à seca

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O vice-presidente institucional da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Marcio Milan, afirmou nesta quinta-feira  (26), que a estiagem e as queimadas devem levar ao aumento de preços de alimentos nos supermercados já nos próximos dias. Ele cita verduras e legumes, que têm ciclo mais curto de produção, bem como carne bovina, leite, café e açúcar, como itens que já sentem pressão de preços por esses efeitos do clima.

Milan vê os próximos meses ainda como otimistas para o setor supermercadista, visto que indicadores macroeconômicos como o emprego seguem positivos.

O consumo de itens de supermercado nos lares brasileiros cresceu 1,16% em agosto, na comparação com o mesmo período de 2023, segundo a Abras. No acumulado no ano, a alta é de 2,54% e a projeção de crescimento do setor para o ano é de 2,5%.

A Abrasmercado, cesta de 35 produtos de largo consumo, fechou agosto em R$ 732,82, com alta de 2,13% no acumulado de 12 meses e de 1,42% no acumulado de 2024. Na comparação com o mês de julho, houve queda de 1,32%.

Para Milan, o consumo deve seguir aquecido nos próximos meses. De janeiro a setembro, foram inauguradas 241 lojas: 134 de supermercados e 107 de atacarejos.

No entanto, ele afirma que a entidade acompanha de perto a questão das casas de apostas online e trata do assunto junto a parlamentares e ao governo, visto a seriedade do assunto.

“O próprio governo tem trazido dados importantes. O dinheiro do Bolsa Família tem sido destinado às apostas”, diz. Para ele, é imprescindível que o assunto seja encaminhado pelo governo antes de janeiro de 2025, quando começaria a valer a legislação aprovada no Congresso.

Ele diz não acreditar, porém, que os gastos com bets possam prejudicar o crescimento do setor supermercadista no ano. “Já alcançamos previsão de crescimento para o ano”, diz. No acumulado de janeiro a agosto, o setor cresceu 2,54%, enquanto a projeção da entidade é de alta de 2,5% para o ano de 2024.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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