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GLENN STENGER CABECA hojesc

O preço de um rebaixamento!

Um pouco diferente do que costumamos fazer, hoje não falaremos sobre os valores monetários exatos envolvidos (e perdidos) quando um clube vai da série principal do campeonato brasileiro para a série de acesso. Certamente são dezenas de milhões de reais que fazem falta em qualquer orçamento (por mais que o clube tenha seu caixa fortalecido). Seremos um pouco mais subjetivos.

O problema vira estrutural. O conceito do negócio precisa ser revisto. A forma de pensar e agir podem não ser mais as mesmas que davam resultado tempos atrás. Os métodos precisam ser revisados.

E nós sempre falamos aqui que o futebol tem o lado passional (diferente de todos os outros modelos de negócios). Esse lado ajuda e atrapalha. Quando as coisas estão bem, o lado passional ajuda, impulsiona, fomenta. Quando as coisas estão mal, o lado passional empurra para baixo, desvaloriza, cria incertezas.

É muito mais difícil tomar decisões acertadas quando o ambiente está impregnado de negativismo, de problemas, de incertezas. Por vezes, para se corrigir o erro, se cometem erros ainda maiores. E isso faz com que todo o projeto acumulado (e, por vezes, com sucesso) de vários e vários anos corra água abaixo.

Também deve-se fazer uma reflexão conceitual. A equipe caiu por conta de algum percalço apenas, por alguma conjuntura que não foi prevista, por algum fato isolado que interferiu em seu processo? Ou o projeto esportivo sempre foi tratado de forma empírica e foi dando certo até o ponto que não deu mais?

Se acompanharmos o último século (para termos boa base de comparação), veremos também que o futebol é cíclico. Impressiona como essa “lei” funciona. Isso se deve ao fato de não se conseguir manter uma uniformidade na matéria prima principal – o ser humano. Por mais que se tente fazer igual, a cada ano (devido às características de cada pessoa envolvida no processo) é necessária a mudança, a adequação, a revisão. Essa característica cíclica nunca vai acabar, mas se usar-se técnica, profissionalismo e gestão, os efeitos são mitigados. O impacto não é tão avassalador.

Rever conceitos, rever decisões, tomar novos rumos, adequar-se à nova realidade. Ser profissional e não empírico. Tudo isso envolto em um mar de incertezas e de questionamentos. Esse é o desafio. Esse é o preço a se pagar!

DEUS ajuda quem segue essa linha!

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