DESTAQUE DA REDAÇÃO
Pular para o conteúdo


luis mario luchetta coluna hojesc

O ICI é o futuro: com a Sociedade sendo o norte, sempre!

Enquanto cidades e estados do Brasil afundam no peso, custo e ineficiência de suas estatais de TI e outros modelos, Curitiba brilha como um exemplo a ser seguido. Tudo isso graças ao Instituto das Cidades Inteligentes (ICI), criado em 1998 sob a Lei nº 9.637/1998. Essa inovação, que coloca o poder nas mãos da Sociedade, contribuiu e contribui para transformar Curitiba em uma das cidades mais inteligentes do mundo. É hora de outras cidades se inspirarem nesse modelo que une eficacia, transparência e visão de futuro, deixando para trás o atraso tecnológico que sufoca o país.

O ICI é um trunfo inegável. Como organização social, garante segurança, sigilo e funcionalidade dos serviços públicos, independentemente de quem governe. Por sua característica, está sempre a frente do que há de mais inovador e tecnológico no mercado e pode contar sempre com profissionais mais experientes. Quando comparado com outros órgãos semelhantes, tem a característica de oferecer maior competitividade de preços por ser uma entidade sem fins lucrativos.

Um exemplo é o canal 156, o serviço de atendimento ao cidadão, que conecta curitibanos a informações e solicitações em segundos, graças à integração tecnológica do ICI.

Na saúde, o ICI revolucionou a gestão. O Sistema Gestão da Saúde, implementado pelo Instituto, integra prontuários eletrônicos em tempo real nas unidades básicas, reduzindo filas desde 2015, segundo dados municipais. Hospitais públicos se beneficiam de agendamentos online e monitoramento de estoques, evitando desperdícios de medicamentos. Além disso, a lisura e transparência dos contratos do ICI, remunerados unicamente por serviços competitivos e exclusivamente prestados é realmente um trunfo que precisa ser preservado, sempre.

Há 27 anos, o Instituto oferece um único ponto de contato para resolver problemas de TI, aliviando executivos municipais da tarefa impossível de gerir vários fornecedores e inovações tecnológicas constantes. Cidades como São Paulo, Bogotá e até cidades europeias já buscam essa expertise curitibana.

Entre os grandes feitos de Curitiba temos o WIFI Gratuito distribuídos em vários pontos da cidade para acesso da população, Sistema de Gestão de Manutenção Urbana que utiliza Inteligência Artificial para monitorar obras, a manutenção de infraestrutura, o saneamento e serviços públicos, todas com ações georreferenciadas e automatizadas, Data Lake que centraliza, integra e governa os dados, proporcionando uma base sólida para decisões mais assertivas, melhoria dos serviços públicos, aumento da transparência e eficiência operacional, Muralha Digital que atua nas emergências, no 153 acionando a Guara Municipal e no 199 acionando a Defesa Civil de Curitiba, IA em vários Sistemas dede reconhecimento facial, classificação de documentos, chatbots, classificação de árvores e animais entre outra soluções inovadoras.

O poder de uma entidade consolidada, feita pela Sociedade, é imenso e o ICI resiste a interesses diversos, mantendo seu aspecto original que tantos ganhos têm trazido e tantas revoluções positivas têm proporcionado. Como disse John Stuart Mill, “o progresso depende da capacidade do povo de se autogovernar”. Essa iniciativa prova que a sociedade, unida, ajuda os eleitos a governar melhor. Outras cidades precisam abandonar a ilusão de moldar TI a seu bel-prazer e adotar a integração que o ICI oferece, com suporte garantido. É um chamado à ação: gestores, exijam esse padrão! Líderes empresariais, apoiem a replicação! O Brasil merece prefeituras eficientes, e o ICI é o guia. Curitiba mostra que é possível.

Leia outras colunas do Luís Mário Luchetta aqui.