A criação do conselho das novas gerações nas modernas famílias empresarias tem sido uma novidade frequentemente aplicada pelas mesmas.
O protocolo familiar que é o documento que normatiza o conselho de família pode prever a criação desse órgão destinado a incorporar as gerações futuras no âmbito da família empresária.
O conselho das novas gerações insere os descendentes do fundador(a) a partir da segunda geração, mas principalmente da terceira, beneficiando e contemplando os netos(a) do fundador(a) no que tange às suas formações e atitudes de acordo com os valores familiares proclamados no protocolo.
O incentivo a práticas da cidadania, educação e outros preceitos sociais e éticos devem conter, nas regras desse conselho que deve ser constituído somente pelos descendentes na perspectiva no sentimento de pertencimento. Esse fato revela que a pertença não está focada somente na empresa, mas sim a uma família regrada por princípios de acolhida e responsabilidade para com os seus integrantes especialmente os mais jovens.
Esse colegiado das novas gerações perpetua o legado do fundador(a) e faz coexistir irmãos e primos em laços de parentesco comum.
Elencamos abaixo alguns casos já vivenciados que demonstram o funcionamento reciproco entre as gerações:
1 – Direito a voto opinativo de um dos integrantes que represente as novas gerações no conselho de família;
2 – Direito a um fundo de alavancagem profissional junto ao conselho de família mediante ao um projeto e sujeito à aprovação pela mesma, ou seja, o seed money (o dinheiro da semente)
3 – Direito a premiação em casos de participações em projetos socias voluntários;
4 – Direito a premiação em caso de satisfatórios desempenhos acadêmicos e educacionais.
Essas e outras práticas e dinâmicas contribuem para a harmonia e convivência entre irmãos e primos unidos pelos valores familiares que edificam o respeito reciproco e eliminam a fantasia de que a família empresária tem na empresa o seu único habitat.
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