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GLENN STENGER CABECA hojesc

O caminho para os clubes do futebol brasileiro é mesmo a transformação em SAF?

Muito aqui já falamos sobre as SAFs. Todos os impactos, positivos e negativos, que esse processo gera aos clubes associativos.

Mas hoje, ao invés de falarmos sobre os processos, falaremos sobre os resultados, até então, de algumas SAFs que já estão funcionando no Brasil. De forma bastante superficial, um “overview”.

Atlético Mineiro – ponteando os últimos campeonatos brasileiros. Hoje nas finais de Copa do Brasil e Libertadores da América. Estádio próprio pronto.

Cruzeiro – saiu de uma situação financeira falimentar. Mantém razoável estabilidade no campeonato brasileiro. Hoje na final da Copa Sul-Americana.

Vasco da Gama – os parceiros que adquiriram a SAF não tinham os requisitos básicos (solidez moral e financeira) para administrar o clube. Apesar de mostrar razoável estabilidade no futebol, tem uma “red flag” gigante. Suas finanças (que foram retornadas à associação) demonstram insolvência iminente.

Botafogo – também apresentava situação financeira falimentar. Hoje já respira sem aparelhos. Vem disputando as posições da frente do Campeonato Brasileiro. Chega pela primeira vez à uma final de Copa Libertadores. Projeta estádio novo (menor e mais adequado) para os próximos anos.

Coritiba – apresentava situação financeira pré-falimentar. Hoje tem todas suas contas equacionadas. Tem projeto por iniciar, de novo Centro de Treinamento e de modernização de seu estádio.

Fortaleza – apresentando um modelo diferente de negócio, tem hoje uma das situações financeiras mais sólidas do País. Vem, campeonato após campeonato, disputando as primeiras colocações. Chegou à final da Copa Sul-Americana do ano passado.

E por aí vai. Esses talvez sejam os maiores exemplos. Mas já temos dezenas no nosso futebol.

Só não vê quem não quer. O futuro é esse. O modelo associativo quebrou. Se não houver a imediata mudança da mentalidade antiga, os clubes que são associações quebrarão. Talvez 3 ou 4 no Brasil tenham condições de continuar no modelo amador pois as receitas que obtém são tão grandes que camuflam a incompetência.

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