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SILVIO LOHMANN CABECA hojesc

Nova solução para reciclagem do plástico

lixo plastico

Pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH), escola que formou Albert Einstein, desenvolveram uma tecnologia de reciclagem química do plástico. Segundo estudo publicado pela revista Science, o material resultante pode ser reaplicado em produtos de alta qualidade. Atualmente, a maioria dos resíduos plásticos é triturada e depois derretida. Com isso, perde propriedades e gera subprodutos pobres.

O novo processo envolve colocar o plástico (polímero) em um solvente e aplicar uma luz violeta para gerar reações e produzir monômeros, que é a menor parte dos polímeros, e outros produtos químicos. Nenhum reagente é necessário. Remontados, os monômeros voltam para a cadeia produtiva e podem gerar novos plásticos de alta qualidade, “criando um ciclo verdadeiramente sustentável”, dizem os cientistas. O método é eficiente e relativamente barato, mas lento. Por isso, ainda é necessário de aperfeiçoamento.

Decrescimento demoeconômico (I)

Em um artigo publicado no portal Ecodebate, o doutor em demografia José Eustáquio Alves Diniz sustenta a tese do decrescimento demoeconômico. “É uma proposta radical, mas fundamentada em evidências científicas sobre os limites do planeta”, defende o autor. Em síntese, o mundo não deveria “forçar o crescimento econômico e populacional” porque a capacidade de carga da Terra (recursos naturais) já foi ultrapassada.

Decrescimento demoeconômico (II)

Diniz Alves cita vários períodos da evolução humana e os impactos no meio ambiente. Em um dos exemplos ele pontua: “Para 2022, com uma população mundial de cerca de 8 bilhões de habitantes, a pegada ecológica (impacto do ser humano sobre a biosfera) está estimada em 20,6 bilhões de hectares globais (gha) e a biocapacidade (capacidade regenerativa da natureza) global em 12 bilhões de gha. Portanto, o déficit ecológico absoluto é de 8,6 bilhões de gha e o déficit relativo é de 71%”.

Certificador de carbono

A Casa da Moeda do Brasil (CMB) é a primeira Certificadora Nacional de Créditos de Carbono totalmente nacional. A habilitação foi feita pela Secretaria Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros (SNFI), que é vinculada ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. A lei que regulamenta o mercado de crédito de carbono e a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) foi sancionada em dezembro de 2024.

Carga recorde (I)

O Brasil bateu recorde de demanda por eletricidade às 14h24 do último dia 21 de fevereiro. O consumo alcançou 104,7 megawatts. Em 2025, o País já havia batido outros três recordes. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) “a demanda de carga vem sendo diretamente impactada pelas condições climáticas e altas temperaturas registradas em diferentes regiões do país”.

Carga recorde (II)

A demanda por energia sobe, mas empresas que mantêm parques de geração renováveis no Brasil acenderam um sinal de alerta. A Engie avalia que o Operador Nacional do Sistema (ONS) deve impor cortes de 10% na produção de grandes usinas eólicas e solares do Nordeste. Haveria excesso de oferta e dificuldade de transmissão daquilo que pode ser gerado, estressando as linhas. As geradoras se movimentam para cobrar uma compensação pelos prejuízos.

Leilão de energia

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) formalizou ao governo federal pedido de inclusão da geração fotovoltaica no Leilão de Energia Nova A-5, previsto para agosto. A organização sustenta que a inclusão da fonte na disputa aumenta o nível de competitividade e pode reduzir o preço final ao consumidor. As grandes usinas solares do Brasil têm capacidade instalada para gerar 17 gigawatts (GW) de energia. Mais da metade disso está localizado no Nordeste. A geração distribuída (placas domésticas) alcança 35 GW. Os parques eólicos somam 33 GW.

Tijolo ecológico

Uma pequena fábrica de tijolos ecológicos ganhou destaque pela solução apresentada. A Yapo, instalada em Teresina (PI), desenvolveu um material que mistura argila ou terra, cimento, resíduos industriais e fibra natural que não precisa ser queimado em fornos. A cura é natural, após passar por uma prensa que dá formato e acabamento ao produto. Os encaixes reduzem a necessidade de grandes quantidades de argamassa na união das peças e diminui o investimento com reboco. A empresa informa que o tijolo é capaz de manter temperaturas mais agradáveis no imóvel e oferece também conforto acústico.

Construção europeia

A União Europeia (UE) estabeleceu um novo regulamento para a construção civil, que já está em vigor. As regras incluem um critério de sustentabilidade a partir do Passaporte Digital, que fornecerá todas as informações sobre produtos usados em obras, incluindo a declaração de desempenho e conformidade, informações de segurança e instruções de uso. Há, ainda, estímulo para o uso de elementos pré-fabricados ou modulares. O objetivo é reduzir os resíduos entre 10% a 15% nas fases de produção e fabricação.

Convicção

“A primeira coisa que, talvez, nos distancie um pouco deste debate é que a gente faz ESG não por moda, mas por convicção. E a nossa convicção não se moveu ao longo de uma história de quase 48 anos”. A frase é de Fernando Modé, CEO do Grupo Boticário, em entrevista para Mariana Sgarioni, do site ECOA, publicado no portal UOL.

Foto: Marc Newberry/Unsplash

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