Da Redação
Após mais de um século submerso, o navio Pallas, naufragado em 1893 na foz do rio Itajaí-Açu, em Itajaí (SC), será finalmente removido até janeiro de 2026.
Segundo a Superintendência do Porto de Itajaí, a ação quer eliminar um obstáculo histórico que limita a capacidade de manobra do canal portuário.
A expectativa é que a retirada do casco, localizado próximo ao molhe norte, no lado de Navegantes (SC), permita a entrada de embarcações de até 366 metros, ampliando a competitividade do complexo portuário catarinense.
A história do navio Pallas
Construído em 1891 na Inglaterra, o Pallas era uma embarcação de carga frigorificada que operava entre o Rio de Janeiro e Buenos Aires.
Durante a Revolta da Armada, em 1893, foi tomado por revoltosos da Marinha e acabou naufragando nas proximidades do molhe norte. Desde então, o casco permanece submerso e é considerado um obstáculo técnico para a expansão portuária da região.
Remoção do Pallas
A remoção do Pallas exigirá uma operação complexa, que incluirá escavações, retirada controlada de estruturas metálicas e monitoramento ambiental para evitar impactos à fauna aquática.
Segundo autoridades portuárias, os trabalhos devem começar ainda em 2025, com apoio técnico de empresas especializadas em resgates subaquáticos. Embora o casco esteja parcialmente soterrado, os estudos indicam que sua retirada é viável e necessária para ampliar a segurança do tráfego de grandes embarcações que operam no Porto de Itajaí.
Com a retirada do navio, a Superintendência dos Portos pretende ainda preservar partes da estrutura para futura exposição em museus ou espaços culturais da cidade.
A ação também faz parte de um projeto mais amplo de modernização do complexo portuário de Itajaí, que busca aliar eficiência logística à preservação do patrimônio histórico da região.
Foto: Instituto Cultural Soto/Imagem cedida
Leia outras notícias no HojeSC.