Um destino queridinho entre brasileiros e estrangeiros, mas nada fácil de chegar! Hoje vamos falar de Morro de São Paulo, situado na Ilha de Tinharé, a 248 quilômetros de Salvador. Além da beleza natural, com suas praias e coqueiros, talvez ele seja tão atrativo justamente pela dificuldade de acesso ao paraíso: somente de barco ou pequenos aviões.
Sugiro uma hospedagem de pelo menos três dias, para valer o trajeto. Saindo de Curitiba (PR), foram dois voos até Salvador (BA) e de lá escolhemos o transfer semiterrestre, mais indicado para quem enjoa em embarcações. Do hotel, nos deixaram no terminal marítimo para seguirmos até Mar Grande. O trajeto durou 45 minutos de barco. Depois, de ônibus, pegamos a estrada por mais uma hora e meia até o Atracadouro de Valença, chamado Bom Jardim. De lá, uma lancha rápida de 10 a 15 minutos até Morro de São Paulo. Ufa! Você também pode optar por um avião (cerca de 25 minutos) ou o trajeto todo de catamarã (dizem que enjoa pois ele vai pelo mar aberto, eu preferi não pagar para ver).
Ao chegar, é preciso contribuir com uma taxa de turismo de R$ 50,00 por pessoa. Fizemos o pagamento em um totem na hora mesmo. Há restrição de tráfego de automóveis na ilha. Por isso, já na chegada, carregadores com carrinhos de mão se oferecem para levar as malas e até os passageiros até o hotel ou pousada, claro que com o pagamento de uma taxa. Muitos aceitam, já que uma pequena ladeira dá as boas vindas aos visitantes. Nós fomos apenas com mala de mão, e é possível ir puxando as rodinhas sem problemas pelo percurso (diferente de Jericoacoara onde há somente areia).
As praias são numeradas, da primeira à quinta. Fomos andando pelo centrinho até chegar à Segunda Praia, de onde saía o ônibus para os hóspedes do Patachocas. Mais vinte minutinhos e chegamos ao hotel!

O Patachocas está situado em uma antiga fazenda de cocos à beira-mar, com uma extensa faixa de areia clara e um mar de águas calmas e cristalinas na paradisíaca Quarta Praia de Morro de São Paulo. Abrigado por uma barreira de corais, quando a maré está mais baixa, os hóspedes podem desfrutar das piscinas naturais.

A praia é calma e exclusiva, com espreguiçadeiras e há ainda uma piscina convidativa para os hóspedes. Há recreação, para adultos e crianças, com atividades como yoga, funcional, tererê, artesanato em palha, entre outros, além de quadras de beach tênis, tênis e vôlei de praia. Também há caiaques e pranchas de SUP (cobradas à parte) e é possível reservar passeios a cavalo pela areia ou relaxar na massagem.

Existe o bloco dos apartamentos ou bangalôs pelo gramado. O café da manhã está incluído na hospedagem. Para as demais refeições, há dois restaurantes ou é só se deslocar com o transporte do hotel para curtir a gastronomia da vila. Com uma vista incrível e deliciosos pratos, indicamos o Restaurante Pedra sobre Pedra.

Em dezembro, janeiro e fevereiro, a ilha é bem concorrida e com muitas festas. Além dos brasileiros, é queridinha entre os israelenses – cerca de 5 mil deles escolhem o destino na alta temporada. Inclusive há placas em hebraico nas lojas e lanchonetes para facilitar a comunicação e é comum ouvir os moradores falando Bruchim Habaim (bem-vindos em hebraico).
Conhecemos o destino a convite do Patachocas e da BWT Operadora. Em Salvador, ficamos hospedados na Casa Di Vina (onde Vinicius de Moraes e Gessy Gesse viveram sua história de amor) e no Gran Hotel Stella Maris, onde dormimos a primeira e última noites para não ser tão cansativo e dar certo com os horários dos voos.
Imagem: Divulgação
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