A brasileira Juliana Marins, de 27 anos, que na última sexta-feira, 20, caiu enquanto fazia uma trilha próxima de um vulcão na Indonésia, foi encontrada morta nesta terça-feira, 24, conforme divulgou a família pelas redes sociais. Ela sofreu a queda no sábado, 21, pelo horário local, ainda noite de sexta-feira, 20, no Brasil e ficou quase quatro dias a espera de um resgate.
Juliana morava em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, e em dezembro de 2021 concluiu a graduação em Publicidade e Propaganda na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ela chegou a trabalhar no canal Off (com produção e conteúdo) e no Multishow (com produção de conteúdo digital), segundo registrou em seu perfil no LinkedIn, onde acumulava elogios profissionais.
Juliana morreu após ter caído de um penhasco que circunda uma trilha junto à cratera do Mount Rinjani, um vulcão localizado na Ilha de Lombok, a cerca de 1.200 km de distância de Jacarta. Muito famosa em razão da visão ampla do vulcão, a trilha na Indonésia é considerada muito perigosa e tem um histórico de acidentes e até mortes de visitantes.
A tentativa de resgate da brasileira foi dificultada por condições meteorológicas e de visibilidade adversas e mobilizou alpinistas experientes e o Ministério das Relações Exteriores. O embaixador do Brasil em Jacarta entrou pessoalmente em contato com o diretor internacional da Agência Nacional de Combate a Desastres da Indonésia. Dois funcionários da embaixada deslocaram-se para o local, a fim de acompanhar pessoalmente os esforços pelo resgate.
Durante as tentativas de resgate, familiares e amigos relataram desencontro de informações, inclusive sobre a veracidade de que Juliana teria recebido alimentos e bebidas, como chegou a ser divulgado no último sábado. Pelas redes sociais, políticos e famosos também entraram na mobilização para cobrar ajuda.
A queda de Juliana ocorreu em uma região remota, a cerca de quatro horas de distância do centro urbano mais próximo. Com 41,3 mil hectares de extensão, a trilha faz parte de um parque que integra o chamado “anel de fogo do Pacífico”.
Foto: @ajulianamarins via Instagram
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