O mercado imobiliário teve excelente performance em Joinville no ano passado. O setor registrou recorde no número de unidades residenciais verticais (apartamentos) vendidas: foram 2.864 unidades, uma alta de mais de 22,1% na comparação com 2023.
O Valor Geral de Vendas (VGV) também cresceu, chegando à casa de R$ 1,834 bilhão em 2024 – aumento de 69,8% em relação a 2023. Em 2024, o preço médio do m2 privativo em Joinville teve um incremento de 9% em relação a 2023 – percentual dentro da média nacional. No acumulado da última década, a evolução do preço médio do m2 privativo foi de 135% na cidade.
Os lançamentos em Joinville também tiveram alta em 2024. O número de novos empreendimentos cresceu 35%. Em unidades lançadas, o aumento foi de 29,5%. Já o VGV lançado saltou 105% em relação a 2023.
Em Joinville, os apartamentos têm, em média, 85 m2 privativos. O valor médio dos imóveis à venda é de R$ 862,3 mil. Apartamentos do padrão standard (valores entre R$ 350 mil e R$ 700 mil) somaram 29% das unidades vendidas e 27,1% das unidades lançadas. Já os imóveis do padrão econômico (MCMV) representaram 42,8% das unidades lançadas e 18% das unidades vendidas.
Números gerais de 2024
LANÇAMENTOS
50 empreendimentos (prédios de apartamentos) lançados – alta de 35,1%
2.451 unidades (apartamentos) lançadas – alta de 29,5%
R$ 1,694 bilhão em VGV lançado – alta de 105,1%
VENDAS
2.864 unidades vendidas – alta de 22,1%
R$ 1,834 bilhão em VGV – alta de 69,8%
ESTOQUE
Em dezembro de 2024, Joinville tinha 2.188 unidades à venda, o que mostra queda de 14,8% nos estoques. Em dez/23, esse número era de 2.569.
Das 2.188 unidades disponíveis para comercialização, 41,6% correspondem ao padrão Standard e 21,9% ao padrão Médio.
De acordo com a presidente do SINDUSCON Joinville, Ana Rita Vieira, há dois anos a cidade vem registrando queda no estoque de apartamentos. Atualmente, o número de imóveis disponíveis é de 27% em relação a tudo o que foi lançado na cidade nos últimos anos. Em VGV, o estoque da cidade representa R$ 1,886 bilhão.
“Com base nas análises feitas pela Brain, a tendência é que 2025 também seja um ano de crescimento, mas em percentuais menores do que em 2024. Isso se dá porque partimos de uma base altíssima, considerando que 2024 foi o melhor ano da história do nosso mercado imobiliário”, diz Ana Rita.
A queda nos estoques, a alta demanda e a pressão dos custos devem manter os preços dos apartamentos no patamar atual. “Quem acredita que o preço vai baixar ao longo de 2025 e prefere esperar um momento ‘melhor’ para fechar o negócio poderá perder dinheiro. Desde 2020 não registramos queda nos preços e as empresas estão sem estoque, ou seja, quem esperar para comprar um imóvel vai pagar mais caro”, explica Fábio Tadeu Araújo, sócio dirigente da Brain.
Foto: Divulgação Sinduscon
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