A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira, 1º, de forma unânime, o projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês.
A proposta, que ainda precisa ser aprovada pelo Senado, também estabelece como compensação a criação de um imposto mínimo de até 10% sobre a alta renda.
Entenda a seguir como é a tabela atual do IR e o que deve mudar com as novas regras.
Como é a tabela do IR atualmente?
A tabela do IR foi atualizada em maio deste ano. Estão isentos aqueles que recebem até R$ 3.036 por mês.
Quem ganha entre R$ 3.036 e R$ 3.533,31 paga alíquota de 7,5%. Já os contribuintes com renda de R$ 3.533,31 a R$ 4.688,85 pagam 15%.
As faixas mais altas abrangem quem recebe de R$ 4.688,85 a R$ 5.830,85, com alíquota de 22%, e quem ganha acima de R$ 5.830,85, com alíquota de 27,5%.
Como será a nova tabela do IR?
O projeto aprovado pela Câmara prevê a isenção de IR para aqueles que recebem até R$ 5 mil por mês. A medida isentará mais de 10 milhões de pessoas, de acordo com projeções do governo.
Quem ganha acima de R$ 5 mil e até R$ 7.350 terá uma redução parcial no IR. As alíquotas serão progressivas e vão subir aos poucos conforme a renda aumenta. Assim, quem ganha menos pagará menos.
A proposta enviada pelo governo estabelecia descontos para rendas de até R$ 7 mil, mas a faixa foi ampliada pelo relator do projeto na Câmara, deputado Arthur Lira. Na versão inicial, a previsão era de descontos de 75% para quem ganha até R$ 5,5 mil, 50% para quem recebe até R$ 6 mil e 25% para quem tem renda de até R$ 6,5 mil. No entanto, a nova tabela só será feita pela equipe econômica depois da sanção da medida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Contribuintes com rendimentos acima de R$ 7.350 permanecem com as regras atuais – com isenção sobre a renda até dois salários mínimos (o que, em 2025, corresponde a R$ 3.036) e tributação crescente com alíquotas de 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5%.
Quando a nova tabela começa a valer?
Após ser aprovada pela Câmara, a proposta será enviada ao Senado. Depois, ela precisa ser sancionada por Lula. A expectativa é de que as novas regras entrem em vigor em 2026.
Imagem: Gerada por IA