Ah, a Inteligência Artificial… Essa parceira que promete revolucionar o mundo, mas às vezes entrega um circo de horrores se faltar ser bem domada. O caso da Deloitte na Albânia é um exemplo perfeito – e hilário, se não fosse caro. A consultoria global, contratada para revisar sistemas de compliance e TI do governo albanês, usou o GPT-4o para turbinar um relatório oficial. Resultado? Citações inventadas do nada, referências falsas e “alucinações” que fariam qualquer auditor corar. A empresa admitiu o uso da IA, devolveu US$ 440 mil do contrato e ainda atualizou o documento com um apêndice confessando o truque digital.
Mas vamos rir um pouco: se você solta a IA para fazer o seu trabalho, é melhor revisar direitinho, senão vira bagunça. Imagina o estagiário preguiçoso que copia-cola da Wikipedia sem checar – agora multiplique por um supercomputador! O problema não foi o GPT-4o, coitado, que só amplifica o que recebe. Foram os humanos: sem supervisão, sem verificação de fontes, sem aquele bom e velho “isso faz sentido?”. Um pesquisador da Universidade de Sydney, Christopher Rudge, apontou as lorotas e disse ao Guardian: “Eles trocaram alucinações por mais alucinações”. Clássico erro de quem confunde ferramenta com atalho para a genialidade.
Aqui vai a brincadeira com o tema: a IA é como um carro de Fórmula 1 – veloz e precisa, mas se o piloto cochila no volante, adeus pódio e olá muro. No Brasil, onde burocracia já é esporte olímpico, adotamos IA em tudo: de relatórios fiscais a diagnósticos médicos. Ótimo! Mas sem freios humanos, vira receita para desastres. Lembra do escândalo dos dados falsos em pesquisas públicas? Mesma linha. A lição é clara: IA multiplica excelência ou preguiça. Treine sua equipe, implante protocolos de dupla checagem e use a tech para liberar tempo criativo, não para encobrir descuido.
Evite confundir as coisas: a IA não rouba empregos; ela expõe quem não evolui. No mundo liberal que defendo, inovação floresce com responsabilidade – incentivos para P&D, mas com accountability. O governo albanês, esperto, exigiu a devolução e vai tornar o contrato público. Nós, no HOJE PR, aplaudimos: transparência acima de tudo. Hora de abraçar a IA como aliada, não como muleta. Senão, o próximo relatório pode ser sobre o seu próprio fracasso – e aí, quem vai checar?
Imagem: Gerada por IA