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CES 2025

Guerra dos chips de IA ganha nova trincheira na principal feira de tecnologia do mundo

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O momento atual é bastante fértil para qualquer empresa que esteja trabalhando com inteligência artificial (IA): com a tecnologia em alta, é quase impossível encontrar quem não abrace a ideia ou que esteja, de alguma forma, tentando embutir o conceito dentro de seus produtos.

As IAs, porém, não seriam nem tão desenvolvidas nem teriam tido um avanço tão rápida se não fossem os processadores que permitem com que diversos programas deem vida à tecnologia.

E enquanto a Nvidia se mantém como líder do mercado, a edição deste ano da Consumer Electronics Show (CES), maior feira de tecnologia do mundo, mostrou uma nova trincheira na guerra dos chips para IA.

Durante o evento em Las Vegas, Nvidia, Intel, AMD e Qualcomm apresentaram um total de 15 novos chips, mirando nas várias demandas de IA – desde o Blackwell, um super processador da empresa de Jensen Huang voltado para data centers, até o Snapdragon, voltado para computadores pessoais compatíveis com o assistente Copilot, da Microsoft. O destaque de fabricantes de componentes é um desfile pouco comum para uma feira que sempre foi palco de eletrônicos de consumo.

E existe um motivo para a disputa ser tão acirrada: a inteligência artificial nunca cresceu tanto e tão rapidamente como agora. As demandas por chips, que possam equipar máquinas para o processamento de dados, estão em alta e empresas como Meta, Google e Microsoft, algumas das gigantes que estão com a produção de chips de IA a todo vapor, ainda não conseguem sustentar a sua tecnologia apenas com os chips que produzem dentro de casa.

“A internet está produzindo cerca de duas vezes mais dados por ano do que no ano passado”, disse Huang, durante sua apresentação em Las Vegas, em que o Estadão esteve presente. “Acho que nos próximos dois anos, a humanidade produzirá mais dados do que toda a humanidade já produziu desde o início.”

Enquanto o ChatGPT foi lançado há apenas pouco mais de dois anos – e todos ficaram impressionados com a capacidade de conversar com um robô que tinha resposta para tudo – a próxima conversa no setor já passa por agentes de IA, que podem fazer tarefas sem a necessidade de supervisão humana, e uma nova era de robôs que pode, finalmente, chegar à casa das pessoas. Tudo isso vai exigir chips com capacidade ainda mais complexa de raciocínio.

“A cada dois meses você vê novos recursos sendo explorados. Espero que essa tendência continue porque há muito potencial, seja para melhorar a qualidade de vida, reduzir custos, há muitas coisas que podem ser feitas com isso”, afirmou Jason Banta, vice-presidente da AMD, em entrevista ao Estadão.

Foto: Divulgação/Consumer Technology Association (CTA)/ces.tech

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