A saída do presidente do Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina (Ciasc), Moisés Diersmann, repercutiu na sessão de terça-feira (19) da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc).
Diersmann pediu afastamento do cargo na última segunda-feira (18).
O pedido de demissão ocorreu após reportagem do jornal O Globo evidenciar que o governo Jorginho Mello (PL) encaminhou uma parceria sem licitação com uma empresa de telemedicina que abriu as portas no estado três dias antes de a proposta comercial ter sido apresentada à gestão.
Repercussão na Alesc
O deputado estadual Rodrigo Minotto (PDT) ressaltou o pedido de exoneração do presidente do Ciasc após vir à tona a contratação milionária e sem licitação de uma empresa do Piauí para prestação de serviços em telemedicina.
O famoso “quem não deve, não teme”
“Se tudo está correto, por que a necessidade de deixar o cargo? Não seria mais conveniente debater e apresentar à sociedade tudo o que foi feito?”, questionou Minotto, que cutucou o governo. “Não encontramos quem possa fazer a defesa contundente do governo”.
Nenhum real gasto
Marcius Machado (PL), em resposta, afirmou que nenhum real saiu do cofre do governo, ao contrário do escândalo dos respiradores, quando houve desembolso de R$ 33 mi.
“Há transparência, foi publicado o edital e agora o secretário recuou para mostrar que não tem problema nenhum”, afirmou Machado.
Oposição concordando
Fabiano da Luz (PT) e Marquito (PSol) concordaram com Minotto.
“O que está acontecendo com Santa Catarina? Quando aconteceu o negócio dos respiradores aqui foi feito um caldeirão, hoje estamos falando de contrato sem licitação que chega a R$ 1,5 bilhão, uma empresa do Piauí, investigada lá, um negócio que só foi descoberto porque a imprensa trouxe à tona”, declarou Fabiano.
“Concordo com as palavras dos deputados Minotto e Fabiano da Luz, precisamos manter o debate vivo nesta Casa, é nossa função primordial de fiscalização do Executivo”, ponderou Marquito.
Entenda o caso Ciasc
Empresa de Luzerna teria firmado contrato de R$ 200 milhões sem licitação com Governo Jorginho Mello
Fotos da Montagem: Marco Favero e Leo Munhoz/SECOM GOVSC
Montagem: Anndersou/HojeSC