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GAECO

Esquema de golpe em idosos chega a 330 vítimas em Santa Catarina e mais 4 estados

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Durante a operação também foram apreendidos R$ 115,7 mil, além de 6,7 mil dólares e euros, sete veículos e duas armas com 60 munições

Foram necessários menos de três dias para que aumentasse em mais de 50% o número de supostas vítimas da organização criminosa que praticava um esquema interestadual de estelionato contra idosos, desarticulada com a Operação Entre Lobos, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) na terça-feira (22) em apoio à Promotoria de Justiça da Comarca de Modelo.

Segundo o MPSC, mais 115 pessoas procuraram o Ministério Público em busca de ajuda, elevando para 330 o número de pessoas que teriam sido enganadas pelo grupo criminoso. O número pode crescer ainda mais, considerando o volume de ações revisionais movidas pelo escritório de advocacia dos investigados.

Pessoas que se identificarem como vítimas do esquema devem procurar a Delegacia de Polícia Civil mais próxima para registrar um boletim de ocorrência, o qual será posteriormente encaminhado ao Ministério Público para as providências cabíveis. Também podem contatar a Ouvidoria do Ministério Público ou a Promotoria de Justiça de Modelo.

”É fundamental que todas as vítimas se manifestem para que a investigação possa dimensionar adequadamente o alcance dos crimes, identificar os lesados e garantir a devida reparação dos danos, a responsabilização criminal dos investigados e a identificação de outras pessoas que porventura integravam a organização criminosa”, considera o Promotor de Justiça Edisson de Melo Menezes, da comarca de Modelo.

A Operação Entre Lobos cumpriu simultaneamente 13 mandados de prisão – oito preventivas e cinco temporárias – e de 35 mandados de busca e apreensão em 12 municípios de cinco estados da Federação – Santa Catarina, Ceará, Rio Grande do Sul, Bahia e Alagoas.

Dez dos 13 presos estão detidos no Presídio de Chapecó. Três deles foram presos fora do estado. Um deles foi preso na cidade gaúcha de Planalto, na divisa com Santa Catarina, e trazido imediatamente para o estado. Outros dois foram presos em Salvador, na Bahia, e foram prontamente buscados pela Polícia Penal catarinense nessa quinta-feira (24/7). Apenas os três que tinham base no Ceará permanecem na sua origem, detidos em Fortaleza.

O Gaeco e a Promotoria de Justiça de Modelo se concentram, agora, na tomada do depoimento das possíveis vítimas para em seguida proceder à oitiva dos investigados presos. Em paralelo, será iniciada a análise dos 5,8 mil documentos e os dados extraídos de 18 computadores, 22 telefones celulares e 17 mídias eletrônicas apreendidos na operação.

”Neste momento o Ministério Público trabalha na análise dos documentos e recebe inúmeras novas reclamações de pessoas que teriam sido vítimas para que possa deflagrar a ação penal. Os dados coletados positivam que se tratava de organização estruturada que lesava muitas pessoas em Santa Catarina e também fora do Estado. Pretendemos conseguir ressarcimento aos envolvidos, estancando a atuação ilegal dos investigados”, ressalta o Coordenador Estadual do Gaeco, Promotor de Justiça Wilson Paulo Mendonça Neto.

As informações são do MPSC.
Foto: MPSC Gaeco

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