Duas semanas atrás falamos sobre a Copa do Mundo de Clubes. Naquele momento ela ainda não havia começado. Agora está por terminar a primeira fase.
E o que falamos está acontecendo!
Os brasileiros estão orgulhosos do desempenho até então. E nem deve ser diferente, afinal todas as equipes daqui estão indo bem (escrevo antes do encerramento da fase classificatória). As nossas equipes não têm que se preocupar com os problemas que vamos citar abaixo.
– Associações de atletas europeus já entraram com processo em Bruxelas contestando a realização do torneio em seu período de férias.
– O torneio não agradou aos Europeus. Na América do Sul é um sucesso. Na Europa a audiência é menor que 50% do que qualquer jogo das ligas locais. Não há pubs cheios de torcedores eufóricos, não há motivação, não há mobilização. A UEFA é (em minha opinião) mais representativa que a própria FIFA. E a UEFA não está fazendo esforço para viabilização.
– Os valores de transmissão foram comercializados por menos de 30% dos valores inicialmente pedidos. As emissoras que compraram não estão mentindo quanto ao sucesso do torneio, estão apenas tentando viabilizar e valorizar o produto que compraram e precisam revender.
– Nos EUA o torneio não “pegou” também. E isso já havíamos citado antes. Nós assistimos os jogos grandes, os que tem apelo. Nesses jogos o público, predominante sul-americano, enche as arquibancadas. Mas há muito jogo sem transmissão e com estádio semivazio. O valor dos ingressos foi reduzido drasticamente (para 19 dólares em alguns casos, para se ter ideia) e, mesmo assim, ninguém compra.
Há uma série de senões, uma série de arestas, para serem corrigidos ou alterados. Sem a “vontade explícita” dos europeus em disputar o torneio, ele perde muito do charme, do glamour, do brilho. Hoje eles só estão disputando por obrigação…
Particularmente, eu acho muito legal. É o ápice para os clubes disputantes. Mas, ou se acertam os ponteiros, ou talvez essa edição seja a primeira e a última!
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