Na próxima quarta-feira (26/03), o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) analisará o tombamento das Freguesias Luso-Brasileiras da região da Grande Florianópolis (SC) como patrimônio cultural do Brasil. A discussão será na 107ª Reunião do Conselho, a ser realizada no auditório do Iphan, em Brasília.
Freguesias eram como se chamavam pequenos aglomerados urbanos e rurais durante o período colonial. Em Santa Catarina, foram instaladas para fortalecer e oficializar a ocupação do território, quando a Coroa ordenou que portugueses oriundos de Açores se estabeleceram em pontos estratégicos da região.
As localidades que integram o processo são Santo Antônio de Lisboa, Lagoa da Conceição, Ribeirão da Ilha, em Florianópolis, e Enseada do Brito, em Palhoça. Fundadas oficialmente nos anos de 1750 e 1809, foram destacadas as antigas freguesias de maior importância histórica, por suas localizações estratégicas e contribuição para o desenvolvimento da região, além das características mais preservadas.
Estes núcleos servem de testemunho da influência da colonização portuguesa, com seu traçado urbano característico e relacionado com o mar ou a lagoa, as igrejas, praças e residências coloniais que até hoje abrigam comunidades com origens tradicionais, festas religiosas e diversas manifestações da cultura local.
Caso seja aprovado, o reconhecimento garantirá maior proteção, incentivo à preservação e fortalecimento do turismo cultural nessas regiões.
Na mesma reunião, o Conselho Consultivo do Iphan deve apreciar também a proposta de tombamento definitivo da Estação Ferroviária do Brum e, um dia antes, o pedido de registro do Kene Kuĩ – conjunto de saberes e técnicas envolvidos na produção dos grafismos do povo Huni Kuĩ, originário da Amazônia Ocidental – como Patrimômio Cultural do Brasil.
Data: 26 de março
Horário: 9h
Local: Auditório Heloísa Alberto Torres – Iphan sede
SEPS 702/902 Centro Empresarial Brasília Torre A – Asa Sul
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