DESTAQUE DA REDAÇÃO
Pular para o conteúdo


GLENN STENGER CABECA hojesc

Qual o valor das camisas dos times brasileiros para os fabricantes?

Todo torcedor crê que a sua camisa é mais “valiosa” que a camisa do rival. Isso sempre foi e sempre será assim.

Mas, aqui no nosso espaço, a máxima que utilizamos é deixar a emoção de lado para nos basearmos em fatos, números. Só razão.

E aí entra algo que sempre coloco como tema. O quanto estamos distantes da realidade financeira dos clubes mundo afora.

Colecionei alguns amigos no mundo do futebol. Semana passada um deles me enviou um relatório que mostrava o valor pago pelas marcas fabricantes para cada equipe. Havia um ranking dos 50 maiores valores.

Esse ranking é puro, absoluto. Só contempla o valor anual de pagamentos para os clubes para que as marcas possam ter a exclusividade na confecção dos materiais. Só isso, nenhuma outra situação por analisar e nenhum outro contexto.

Sempre enchemos o peito para falarmos de nosso amado esporte. Mas deveríamos repensar, cada dia mais, as estratégias para converter em dinheiro o bom produto que temos. Estamos longe (muito longe) de patamares atingidos pelos demais clubes de outros continentes e até da própria América do Sul.

Abaixo os 5 clubes brasileiros que compõem o ranking (aí já começa a análise, pois apenas 10% dos 50 melhores são brasileiros):

17º Flamengo

31º Corinthians

34º Palmeiras

46º São Paulo

50º Atlético Mineiro

Nenhuma das equipes nacionais sequer figura entre os 15 clubes mais atrativos para as marcas. Vejam o espaço que temos por percorrer ainda.

Brasil tem seus atrasos. O País em si não é tratado com seriedade pelos players internacionais e, também por isso, paga-se menos do que para outras equipes que, por vezes, nem são maiores que Flamengo e Corinthians, por exemplo.

A cafajestagem da pirataria não é privilégio nosso, mas aqui é muito mais atuante do que em outros países.

A exposição da marca dos clubes para o mundo ainda engatinha pois não há uma liga desenvolvida nos moldes que o modelo mundial adquira. E por aí vai…

O ranking é autoexplicativo. Procuro trabalhar sempre com a teoria do “copo meio cheio” e não com a do “copo meio vazio”. Temos muito trabalho por fazer. Muito por desenvolver. Metas por estabelecer.

Se trabalhar-se com seriedade, expondo as marcas mundialmente, saindo da vala da corrupção, evitando a pirataria, temos como ao menos dobrar o número de clubes brasileiros participantes desse ranking mundial.

E além de dobrar, fazer com que os que lá já estão galguem várias posições. Não é utopia pensar em 5 equipes brasileiras entre os 20 maiores contratos que as fabricantes possuam no mundo.

Leia outras colunas do Glenn Stenger aqui.