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ALEXANDRE TEIXEIRA CABECA hojesc

Aniversário

vinhos

A semana que passou foi de comemoração. Completei 59 anos de idade junto com a família e os amigos. Sempre organizo um almoço, um Barreado para muitas pessoas, que é feito por minha mãe, a Vó Marilena, que hoje tem 87 anos. Este ano foi diferente. Ela viajou, não teve Barreado, e a comemoração foi dividida em pequenos grupos.

Vou dizer para vocês que os pequenos grupos causaram um estrago na minha adega, no meu fígado e na minha dieta. Arrasaram o quarteirão. Teve um dia que foram 10 garrafas acompanhadas de uma Feijoada Portuguesa de Camarão com Polvo (com feijão branco e chorizo). Eu que cozinhei, e digo que estava ótima. Todos gostaram e repetiram mais de duas vezes.

Vou compartilhar aqui a foto dos estragos, já que na coluna anterior falei sobre um espumante da África do Sul que foi a primeira garrafa aberta num dos eventos. Deixei para contar aqui sobre dois vinhos que ganhei em aniversários passados e que abri na comemoração ao deste ano. Um brasileiro e um argentino. Vinhos completamente diferentes mas que aqueceram meu coração nesta comemoração em etapas.

O primeiro que foi aberto foi um brasileiro, vinho tinto Ermínia, uma homenagem à filha de imigrantes italianos Ermínia Perini, tia de Benildo Perini, fundador da Vinícola Casa Perini localizada no Vale Trentino na Serra Gaúcha. É um corte da Merlot com Cabernet Sauvignon. Vinho da Safra 2020 que passa 3 meses em barricas de carvalho. Possui uma cor vermelho-rubi, e violeta bem intensa; aromas de ameixa preta e um pouco de menta, talvez por conta do solo na Serra Gaúcha; e na boca ele é equilibrado e suave. Um vinho tranquilo para tomar, bastante saboroso e leve, tem 13% de teor alcoólico. Pesquisei o preço e está na faixa de R$ 100,00 no site da Grand Cru.

O segundo vinho que me aqueceu muito o coração estava guardado aqui em casa desde 2022. Lembro muito bem dele, porque ganhei 3 garrafas deste vinho da minha esposa, uma delas aberta no meu aniversário de 2022, comemorado ao lado dos meus filhos em Porto Alegre, onde eu estava trabalhando. Ela resolveu chutar o balde, e me presenteou com o Bramare Rebon Estate – La Consulta Safra 2017.

Lembro quando abri a garrafa 3 anos atrás e como ele estava bom, dá para imaginar como este vinho estava agora? Depois de 8 anos em garrafa, muito bem guardada? Abri e coloquei num decanter, porque é o tipo de vinho que precisa. Parecia um licor de tão denso. A cor dele era um vermelho rubi fechado, quase negro. Os aromas eram chocolate branco e ameixa madura. Na boca era um espetáculo à parte, taninos macios, apesar dos 18 meses em barricas de carvalho. Um vinho com a assinatura do enólogo americano Paul Hobbs. Não me perguntem o preço porque foi presente da esposa….

A Grand Cru é a importadora oficial destes vinhos argentinos produzidos em Mendoza pela Viña Cobos.

Leia outras colunas do Alexandre Teixeira aqui.