Todo mundo aqui já se deu bem e já deu muito mal quando o assunto é vinho. Não foram poucas as vezes que experimentei um vinho e ficava pensando o que eu estava fazendo. Quando lembro os vinhos que tomei no começo de carreira etílica….Somos sobreviventes daquelas vodkas de antigamente que tinham nomes esquisitos. Resistimos bravamente aos “rabos de galo” e “porradinhas” na época da faculdade. E quem frequentou o litoral do Paraná e Santa Catarina no final dos anos 80 se lembra do “Capetão”, um drink cujo nome já diz tudo.
Com relação ao vinho, como a minha carreira etílica já é longa, posso computar que tenho na minha lista mais vinhos para o bem do que para o mal. Aprendi, estudando para sommelier, e pela litragem dos últimos anos, à identificar quando o vinho não é tão bom e fugir dele. Existem várias dicas, como Denominação de Origem, por exemplo.

Mas nem sempre os rótulos nacionalizados trazem todas as informações que a gente necessita, por isso você precisa confiar na opinião de terceiros. E por vezes esses terceiros são lojistas, e daí você acaba ficando na dúvida se ele quer te empurrar um vinho ou se realmente ele está oferecendo uma coisa boa. Pode ser as duas coisas juntos. O importante é confiar na pessoa, e se você não gostou, não tem problema nenhum voltar na loja e explicar que na sua opinião aquele vinho deixou à desejar.
Conheço vários lojistas. Fiz amizade com a grande maioria e me tornei cliente assíduo. Vou dar dois exemplos de vinhos que comprei no escuro, apenas confiando na opinião de quem estava me atendendo, e não me arrependi de absolutamente nada.
Vinho que veio na mala

Foz do Iguaçu faz fronteira com Paraguai e Argentina. No lado argentino temos Puerto Iguassu e a loja Camiños do Iguassu, do meu amigo Javier, que é muito bem atendida pelo seu gerente Pablo. Fui lá e fiz uma compra de olhos vendados. “Posso levar 18 garrafas e tenho essa verba, você escolhe”, disse assim para eles. Fomos conversando muito tempo sobre os vinhos e também degustando alguns. Na Caminos eles sempre te oferecem algo para degustar.
Vieram na mala 6 garrafas do vinho Durigutti Proyecto Las Compuertas. Vinhedos centenários, datam de 1914. Ele é 100% Malbec e 13,8% de teor alcoólico. Foram produzidas apenas 2190 garrafas da safra 2020. Vinho que recebeu 95 pontos na classificação do britânico Tim Atkin e 92 pontos do americano, radicado na Asia, James Suckling. Vinhaço. Malbec raiz.
Na promoção
Meu amigo Leandro Knopfholz me apresentou uma loja ali na Carlos de Carvalho, a Wine Store. É uma loja aconchegante, no mezanino tem uma espaço para degustação. Comprei a primeira vez, fiz cadastro, e outro dia chegou uma promo de 6 garrafas de branco, duas de cada vinho, comprei pela indicação do Maurício, comandante da loja.

Hoje vou falar sobre o Barton & Guestier Bordeaux Blanc Petit Nancy, safra 2020, um blend de Sauvignon Blanc e Sémillon. Excelente vinho. Na taça ele é um dourado transparente, com aromas de frutas tropicais como manga e também tem notas de baunilha, e na boca ele é levemente cítrico e ao mesmo tempo preenche a boca de forma intensa. Na promoção ele estava por R$ 166,00.

