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A vida é feita de escolhas. Envelhecer não é uma delas

KARLA KUSTER CABECA hojesc

Abra sua rede social e comece a prestar atenção na quantidade de mulheres lindas e famosas, que estão se queixando de descriminação por conta da idade, a maioria musas dos anos 90 e anos 2000.

O que está acontecendo? Será que isso nunca aconteceu? Ou esse é a primeira geração que tem uma ferramenta social para extravasar seus anseios e suas indignações?

O que acontece é que o etarismo sempre aconteceu, mas as novas gerações que agora começam a envelhecer tem onde a expor suas tristezas e histórias de preconceito.

O “etarismo” se refere à discriminação baseada na idade. Essa discriminação afeta homens e mulheres. No caso dos homens é uma discriminação velada, ainda baseada no conceito de que homens como responsáveis por manter suas famílias financeiramente, ainda são mais facilmente aceitos na sociedade.

Então vamos olhar para o mundo corporativo, como podemos ver o etarismo nas empresas?

Já que fui inspirada no relato de atrizes da televisão vamos juntos pensar na empresa cinematográfica.

Pelo que vemos muitos atores e atrizes enfrentam dificuldades em conseguir papéis significativos à medida que envelhecem, especialmente as mulheres, há uma escassez de papéis e oportunidades para artistas mais velhos em comparação com seus colegas mais jovens.

Na maioria das vezes os idosos sempre são estereotipados como frágeis e decadentes. O reflexo disso? Infelizmente isso acaba contribuindo para que os jovens tenham a impressão errada dos mais velhos.

A boa notícia é que ao mesmo tempo que tem muitos reclamando do preconceito vemos um outro movimento enaltecendo os mais velhos, pelo menos em “Hollywood”! É só lembrar do Top Gun 2 e de Missão Impossível onde Tom Cruise, agora com 60 anos, se destaca na sua vitalidade e na recusa de colocar dubles para as filmagens. O mesmo podemos dizer sobre atores como George Clooney, Hugh Jackman, Brad Pitt e Will Smith.

A esperança é que esse movimento cresça e vá muito além do cinema!

Enquanto isso não acontece, no mundo corporativo que conhecemos, ainda vemos muitas formas de etarismo:

1. As empresas ainda favorecem candidatos mais jovens em suas entrevistas;
2. As empresas ainda tendem a investir mais nas carreiras dos mais jovens;
3. Muitas empresas ainda valorizam o vigor da juventude frente a experiencia dos mais velhos;
4. As empresas ainda julgam os mais velhos como se eles não tivessem mais a capacidade de aprendizado;
5. As empresas não percebem que os times marginalizam funcionários mais velhos;
6. As empresas entendem erroneamente que os mais velhos não são capazes de acompanhar os avanços tecnológicos e não são mais inovadores

Não é fácil combater o etarismo, para que isso seja possível é necessário respeito, valorização da diversidade de experiências e habilidades, precisa rever a cultura organizacional e a implementação de políticas que garantam oportunidades justas para todos os funcionários, independentemente da idade.

Em países como o Japão isso já acontece.

A diversidade etária traz só benefícios, como experiências e inteligência emocional para administrar conflitos, habilidades importantes para fortalecer as empresas.

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