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Pesquisa eleitoral: em qual acreditar?

BRUNO-LOPES-CABECA-HOJESC

Em poucas semanas foram divulgadas várias pesquisas sobre as eleições para Prefeito das principais cidades do país, principalmente nas capitais, em muitos casos os resultados apresentam diferenças significativas, acima da margem de erro prevista pelos próprios institutos.

Como era de se esperar, já começaram discussões sobre a seriedade, a competência e a honestidade de cada empresa que realiza os levantamentos, sugerindo inclusive, favorecimento a um ou outro candidato.

Alguns comentários e análises publicadas, em veículos de comunicação e redes sociais, sugerem que a grande quantidade de pesquisas divulgadas e a diferença entre os resultados seria um indicativo de que existem erros que pode representar um risco para a população. Falam como se o eleitor fosse, em sua maioria, ingênuo e devesse ser protegido, para não ser confundido e induzido a votar errado.

Se observarmos com cuidado, na maioria dos países que realizam eleições atualmente, é comum a divulgação de pesquisas quase que diariamente e seus resultados também apresentam diferenças, as vezes bem maior do que vemos aqui.

O principal motivo para estas oscilações é a diferença de metodologia de cada empresa e o momento em que o levantamento foi realizado.

A grande dificuldade é que nós convivemos, por várias décadas, com apenas uma fonte de informação de expressão nacional. Nos acostumamos a receber, e acreditar, nos resultados de uma empresa que era tratada como referência em levantamento de opinião, hábitos, consumo, preferência, e seus resultados não eram colocados em dúvida. Se tornou tão popular que seu nome entrou para o Dicionário da Língua Portuguesa como sinônimo de prestígio, popularidade e liderança.

Hoje temos muitas empresas se dedicando a este trabalho, naturalmente cada uma desenvolve sua metodologia, ou seja, existem muitos fatores que podem diferenciar o trabalho de cada empresa de pesquisa, e a probabilidade de levantarem resultados diferentes é muito maior do que normalmente é divulgado.

A exigência básica é que o Plano Amostral, amostra que determina o perfil dos entrevistados, represente a composição do eleitorado da cidade, com base nos dados do TSE.

Quanto a forma de realizar o levantamento, cada empresa desenvolve sua própria metodologia, buscando aprimorar o trabalho e conseguir mais precisão. Cada detalhe pode levar a resultados diferentes.

Ex: Nesta eleição, de 2024, a empresa de pesquisa Quaest está introduzindo um modelo diferente em seus levantamentos para identificar o impacto que a Abstenção pode representar entre os números das pesquisas e o resultado da eleição. A base deste modelo é usada por empresas de pesquisa nas eleições dos EUA em que o voto não é obrigatório.

Como no Brasil a Abstenção tem sido acima de 20%, é possível que vários eleitores que foram entrevistados, e declararam sua intenção de voto, não tenham comparecido para votar no dia da eleição. É uma mudança e um risco que a empresa aposta.

A concorrência agora é para ver qual acerta mais, ou seja, quem chega mais perto do resultado das urnas. A precisão do acerto pode gerar muito prestígio e a conquista de novos clientes em busca de seus trabalhos para as próximas eleições e outras áreas de mercado.

EM QUAL PESQUISA ACREDITAR, cada um que faça sua avaliação.

Acompanhe o processo e julgue você mesmo.

Só não podemos impedir que a população recebe mesmas informações que os políticos, os partidos e os meios de comunicação, tem acesso.

“MUITAS OPÇÕES É SEMPRE MELHOR QUE NENHUMA”.

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