Se estivesse vivo, Raul Seixas completaria 80 anos neste sábado, 28 de junho. Porém, mesmo falecido, ele está consolidado como um dos nomes mais influentes da música brasileira.
O baiano foi um artista inquieto, cuja obra mescla rock, baião, misticismo e críticas sociais, mantendo-se atual mesmo décadas após sua morte, em 1989.
Para celebrar a data, o HojeSC separou cinco músicas que se tornaram símbolos da genialidade do cantor e compositor.
“Metamorfose Ambulante” (1973) se transformou em hino de liberdade pessoal, com versos que exaltam a mudança constante de pensamentos e atitudes. A canção, presente no disco Krig-Ha, Bandolo!, resume a filosofia existencialista que Raul carregou ao longo da vida.
Outro marco é “Ouro de Tolo” (1973), crítica ácida à sociedade de consumo e ao conformismo, que provocou polêmica ao questionar valores considerados sagrados na classe média brasileira da época.
Em “Maluco Beleza” (1977), Raul exalta o direito de ser diferente e reforça a figura do artista como alguém fora dos padrões, conquistando fãs que se identificaram com o espírito livre do compositor.
Já “Sociedade Alternativa” (1974) se tornou símbolo da parceria com o escritor Paulo Coelho, com influências do ocultismo e da filosofia de Aleister Crowley. A música prega a liberdade absoluta e virou um verdadeiro mantra para gerações que buscavam romper convenções.
Por fim, “Gita” (1974), música-título do álbum homônimo, mistura referências religiosas e místicas em versos épicos, consolidando Raul como um poeta do rock brasileiro. A canção venceu o Festival Shell, em 1974, e permanece entre as mais populares do artista.
Foto: Frederico Mendes/Divulgação/MIS
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