Em rápida reflexão, baseada em estatísticas e números, é fundamental que as empresas familiares colaborem para que elas mesmas obtenham sucesso quanto à sua perenidade, ao legado do fundador, ao processo sucessório e, principalmente, quanto à paz familiar. Para tanto, convém repassar os números a seguir para que se alicercem as decisões e providências para transformá-las em famílias x empresárias:
1. A quantidade de empresas familiares no mundo: França 60%, Portugal 70%, Inglaterra 75%, Espanha 80%, Estados Unidos 80%, Brasil 85%, Suécia 90%, Itália 95%.
2. Segundo estudos da McKinsey, em 2025 teremos 15.000 empresas com faturamento anual de ao menos US$ 1 bilhão.
Dessas, 37% serão familiares, enquanto em 2010 eram 8.000 e 16% eram familiares.
3. No Brasil, as empresas familiares que chegam à segunda geração não passam de 46%, da segunda para a terceira, 25%, da terceira para a quarta, 6%, e da quarta para a quinta apenas 3%.
4. Ainda no Brasil, estudos do Sebrae atestam que 67% das empresas familiares vão à falência por problemas e guerras sucessórias.
5. Também se constata que, apesar do índice de 73% de confiança nas empresas familiares, contra 64% nas sociedades anônimas, este índice cai quando da transição da primeira para a segunda geração.
6. Segundo a PricewatherhouseCoopers (PWC), de 2.400 empresas familiares em 40 países, apenas 16% discutem ou programam a sucessão e 40% estão dispostas a tratar da profissionalização nos próximos cinco anos.
7. De acordo com John Davis, as empresas que têm a iniciativa de iniciar e concretizar movimentos de transição, transformação e sucessão e serem percebidas como futuras famílias empresárias com o compromisso da perpetuidade e segurança valorizam-se em 10%, são 5,5% mais lucrativas e têm um retorno de 6,5% sobre os seus ativos.
A partir de dados como estes, vários órgãos, institutos, universidades e entidades vêm desenvolvendo estudos e alternativas no sentido de otimizar a tendência de sobrevida das empresas familiares no mundo, entre outras transformando-as em famílias empresárias.
Algumas entidades dignas de destaque são o IMD – Institute for Management Development, o Family Enterprise Center (Universidade de Pittsburgh), o Instituto da Família Empreendedora (Babson College), o Vermont Family Business Iniciative, o Insper, a FGV, entre outras de igual relevância.
Os pilares que fundamentam os estudos quanto às perspectivas futuras das empresas familiares residem em questões sucessórias, profissionalização, dilemas de crescimento e incertezas em relação às boas e pacíficas relações entre herdeiros e sucessores.
Questões como a escolha e a preparação dos sucessores, a inserção dos herdeiros e o futuro dos sucedidos, caso passem o comando da empresa ainda em vida, podem impactar as decisões sobre o rumo a ser tomado.