As concepções sobre a morte variam amplamente entre diferentes culturas e mitologias ao redor do mundo. A seguir, exploramos 15 crendices relacionadas à morte, organizadas por tradições mitológicas:
Mitologia Grega
Hades e o Submundo
Na mitologia grega, acreditava-se que, após a morte, as almas eram conduzidas ao submundo, conhecido como Hades, governado pelo deus de mesmo nome. Lá, as almas levavam uma existência sombria e sem vitalidade.
Caronte, o Barqueiro
Para atravessar o rio que separava o mundo dos vivos do submundo, as almas precisavam pagar a Caronte, o barqueiro, com uma moeda colocada na boca do falecido durante os rituais funerários.
Campos Elísios
Os gregos acreditavam que almas virtuosas eram enviadas aos Campos Elísios, uma região paradisíaca onde poderiam desfrutar de uma existência feliz após a morte.
Mitologia Judaica
Sheol
Na tradição judaica antiga, o Sheol era concebido como uma morada subterrânea onde os mortos residiam, independentemente de suas ações em vida. Era um lugar de silêncio e esquecimento.
O Golem de Praga
Uma lenda judaica fala do Golem, uma criatura de barro criada para proteger a comunidade judaica. Dizia-se que, ao remover a inscrição sagrada de sua testa, o Golem retornava ao estado inanimado, simbolizando a linha tênue entre vida e morte.
Mitologia Escandinava
Valhala
Os guerreiros vikings que morriam bravamente em batalha acreditavam que seriam levados ao Valhala, o salão dos mortos, onde viveriam em eterna glória sob a proteção do deus Odin.
Helheim
Aqueles que morriam de velhice ou doença eram enviados a Helheim, o reino dos mortos governado pela deusa Hel, descrito como um lugar frio e sombrio.
Rituais Funerários Vikings
Os vikings praticavam rituais funerários que incluíam a cremação em barcos funerários, acreditando que isso ajudaria na jornada do falecido para o pós-vida.
Mitologia Asiática
Reencarnação no Hinduísmo
No hinduísmo, acredita-se que a alma é eterna e passa por um ciclo de nascimento, morte e renascimento (samsara), influenciado pelo karma acumulado em vidas passadas.
Festival Obon no Japão
No Japão, o Festival Obon é uma tradição budista que honra os espíritos dos ancestrais. Acredita-se que, durante o Obon, os espíritos retornam ao mundo dos vivos para visitar seus familiares.
Mitologia Brasileira
A Morte na Cultura Indígena Brasileira
Alguns povos originários brasileiros acreditam que a morte é uma passagem para um outro mundo, onde o espírito continua sua existência em harmonia com a natureza.
A Lenda da Morte na Cultura Nordestina
No folclore nordestino, a Morte é personificada como uma figura que vem buscar as almas dos falecidos, muitas vezes retratada de forma semelhante à “Ceifadora” europeia.
Mitologia Africana
Ancestralidade no Culto Iorubá
Na tradição iorubá, os ancestrais falecidos são venerados e acredita-se que influenciam a vida dos descendentes, protegendo-os e guiando-os.
A Morte na Mitologia Egípcia
Embora não seja exclusivamente africana, a mitologia egípcia, originada no norte da África, apresenta crenças sobre a morte, como o julgamento da alma pelo deus Osíris e a importância da preservação do corpo através da mumificação para garantir a vida após a morte.
A Lenda de Anansi
Em algumas culturas africanas, Anansi é uma figura mitológica que, através de sua astúcia, engana a morte, simbolizando a inteligência e a esperteza como meios de superar a mortalidade.
Cinco superstições comuns relacionadas à morte:
- O canto do corvo
- Muitas culturas acreditam que o canto ou a presença de um corvo próximo é um presságio de morte iminente ou má sorte.
- Quebrar um espelho
- Superstições sugerem que quebrar um espelho pode trazer sete anos de azar, com alguns interpretando isso como uma ligação direta à morte ou a perda de proteção espiritual.
- Velas apagadas sem motivo aparente
- Em algumas tradições, uma vela que se apaga sozinha é vista como um sinal de que um espírito está presente ou que a morte está próxima.
- Sonhar com dentes caindo
- Em várias culturas, sonhar com dentes caindo é interpretado como um sinal de que alguém próximo ao sonhador poderá falecer.
- O número 4 na cultura asiática
- Em países como China e Japão, o número 4 é evitado porque sua pronúncia é semelhante à palavra “morte” (em mandarim, “sì” e “sǐ”). Isso torna o número associado a azar e morte.
Imagem: Gerada por IA – 14/01/2024