Pular para o conteúdo
ANA CLAUDIA WIECHETECK CABECA hojesc

Cliente? Que cliente?

Quando falamos sobre atrair clientes, é natural que a primeira coisa que venha à mente das pequenas empresárias seja aumentar a divulgação do seu negócio. E qual é o caminho mais rápido para isso? Tráfego pago, posts nas redes sociais, impulsionamentos… Parece uma solução certeira, não é? Mas na verdade, está longe de ser assim tão simples. Se o resultado ainda não está vindo como o desejado, pode ser que toda esta divulgação não esteja chegando para quem realmente se interessa no seu produto e você pode também não estar divulgando os seus melhores atributos. A solução para isso? Parar tudo e recomeçar.

Neste cenário, é comum ouvirmos que as estratégias de marketing não funcionam ou que ter uma estratégia de Marketing é apenas para empresas que possuem grandes orçamentos para investir em propaganda. A raíz deste problema é a falta de clareza sobre o cliente ideal. É como tentar pescar em um lago cheio de peixes, mas com uma rede rasgada. Você faz esforço, investe tempo e dinheiro, mas os resultados simplesmente não aparecem.

Antes de investir em qualquer anúncio ou estratégia de marketing existe uma pergunta fundamental que você precisa responder: Quem é o meu cliente? Este é um passo importantíssimo dentro do planejamento estratégico de Marketing. Você precisa ter muito claro qual público é beneficiado com o seu trabalho e quais são as características principais dele.

Muitas empresárias começam a divulgar seus negócios sem nem mesmo definir o seu público-alvo. Fazem anúncios, criam posts, impulsionam publicações sem definir para quem é todo este investimento, ou seja, tentam falar com todo mundo, mas acabam não falando com ninguém. Definir o público-alvo não é apenas uma formalidade; é uma peça-chave que vai direcionar toda a sua comunicação. Quando você sabe exatamente quem quer atingir, você consegue:

– Criar mensagens que falam diretamente com a dor ou o desejo do seu cliente;

– Investir seu dinheiro em anúncios que aparecem para as pessoas certas;

– Evitar desperdício de tempo e dinheiro com pessoas que não têm interesse no seu produto.

Aqui vai uma dica importante: não comece pelo fim. Muitas empresárias querem fazer a divulgação da empresa, na ânsia de começar a vender logo, mas antes de entender quem elas estão tentando alcançar. Por isso, dê um passo para trás e defina com detalhes quem é o seu público alvo. Escreva detalhes socio econômicos, culturais, hábitos de consumo, perfil, valores, etc. Quanto mais informações você tiver sobre o seu público alvo, mais assertiva será a sua comunicação.

Entenda que a divulgação sem critérios não é garantia de clientes. Você precisa ter estratégia para fazer a sua comunicação e com ela saber exatamente como falar, com quem falar e o quê falar. Outro erro muito comum é achar que ao investir em tráfego pago ou criar posts diários nas redes sociais, os clientes vão começar a aparecer como mágica. E, quando isso não acontece, a frustração vem em peso. Mas por que isso ocorre?

Não basta investir em divulgação sem entender o contexto por trás. Marketing não é mágica, e sim estratégia. E o que isso significa? Significa que não é a quantidade de dinheiro que você investe, mas a forma como você faz isso. Se você ainda não sabe quem é o seu cliente e o que realmente importa para ele, pare e repense sua estratégia. Antes de dar um passo adiante, faça um bom planejamento para falar com as pessoas certas, no lugar certo e da maneira certa.

Responder a essa pergunta deve ser o primeiro passo para qualquer empresária que deseja ver resultados reais para o seu negócio. Investir em tráfego pago ou qualquer divulgação sem essa clareza é como colocar um barco no mar sem bússola: você até pode navegar, mas dificilmente chegará ao destino desejado. Afinal, de que adianta falar para milhares de pessoas se nenhuma delas realmente quer ou precisa do produto que você vende? Por isso, antes de pensar em como vender, pense para quem você está vendendo. O sucesso da sua empresa começa por aí. Comece pelo começo.

Leia outras colunas da Ana Claudia Wiecheteck aqui.