O alumínio é um metal invisível que, silenciosamente, pode estar sabotando a nossa saúde. Ele está presente em produtos do dia a dia, como desodorantes, cápsulas de café, panelas, papel alumínio, antiácidos e até em alguns cosméticos. Embora pareça inofensivo, ele pode se acumular em órgãos e no cérebro, e estar por trás de sintomas variados.
Entre os sinais mais comuns estão a névoa mental, falhas de memória, cansaço sem causa aparente, insônia, tremores e ansiedade. A longo prazo, sua toxicidade pode estar associada com a infertilidade, Alzheimer, esclerose lateral amiotrófica (ELA), câncer de mama e próstata, além de doenças autoimunes. O alumínio é considerado neurotóxico, promove inflamação, acelera o envelhecimento, desequilibra o sistema nervoso, afeta ossos, imunidade e até hormônios.
O corpo, por não reconhecer o alumínio como uma substância estranha, muitas vezes não consegue eliminá-lo de forma eficiente. Quando isso acontece, ele tende a ser depositado no tecido adiposo, fígado, sistema nervoso central, ossos, músculos, articulações e circulação, contribuindo para o surgimento dos sintomas e doenças mencionadas. Além disso, compete com minerais essenciais, ocupando os mesmos locais de ligação e prejudicando a saúde de forma ainda mais silenciosa.
Diante desse cenário, uma das estratégias mais importantes é reduzir a exposição. Evitar panelas de alumínio, substituir o papel alumínio por recipientes de vidro ou inox, escolher desodorantes sem alumínio e optar por cápsulas de café de outros materiais. Quanto menor o contato, menor será a sobrecarga do organismo.
Mas não basta apenas diminuir o contato externo: também precisamos auxiliar o corpo a eliminar o alumínio já acumulado. É aí que a nutrição e a fitoterapia entram como grandes aliadas. Alguns alimentos e suplementos naturais funcionam como quelantes, ou seja, ajudam a “capturar” o alumínio e eliminá-lo pelas fezes e urina, reduzindo seu impacto nocivo.
A chlorella, por exemplo, é uma microalga rica em clorofila e nutrientes, reconhecida como um dos mais potentes carreadores naturais de metais pesados. O consumo diário de 2 a 5g em pó ou cápsulas auxilia na detoxificação, evitando que o alumínio seja reabsorvido e promovendo sua excreção. Além disso, a chlorella exerce forte ação antioxidante, combatendo o estresse oxidativo induzido por esses metais.
Outra microalga bastante estudada é a spirulina, que pode ser usada em doses de 2 a 3g ao dia. Ela potencializa a quelação dos metais pesados e protege as células contra os danos oxidativos, atuando em sinergia com a chlorella. Essa combinação é fundamental para aumentar a segurança do processo de eliminação.
O coentro também é conhecido por sua ação quelante, estimulando a mobilização de metais pesados dos tecidos para a circulação. No entanto, quando utilizado isoladamente, pode favorecer a redistribuição desses metais para órgãos, aumentando os riscos. Por isso, o ideal é associar o coentro à chlorella e à spirulina, que funcionam como quelantes, garantindo que o alumínio mobilizado seja de fato eliminado. O uso do coentro deve ser em forma de tintura, em doses de 25 gotas duas vezes ao dia, é uma estratégia prática que pode ser adotada sob orientação de uma nutricionista fitoterapeuta.
Essas medidas simples, unindo escolhas conscientes no dia a dia e o suporte de suplementos naturais, podem reduzir significativamente o impacto do alumínio no organismo. O mais importante é lembrar que a prevenção começa em pequenas atitudes: trocar panelas, rever produtos de higiene, investir em uma alimentação saudável e incluir recursos que favoreçam a desintoxicação, como a associação de chlorella, spirulina e tintura de coentro.
Cuidar da saúde não significa viver em alerta constante, mas sim desenvolver hábitos que fortalecem o corpo e reduzem riscos a longo prazo.
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